Galinha-d'angola (Fraca)


Conteudos deste artigo:
● Apresentação e descrição da espécie
● Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)
● Avicultura e utilizações em cativeiro
● Variedades/Mutações
● Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Apresentação e descrição da espécie

A Galinha-d'angola (Numida meleagris), também é conhecida por Fraca, Galinha-do-mato, Pintada e por vezes Galinha-da-Índia (apesar de não ter qualquer relação com este país).
É uma ave da ordem dos Galliformes, originária de África e introduzida em diversas parte do mundo (Brasil, por exemplo) pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental.

É uma espécie ainda não completamente domesticada (apesar de ser criada em cativeiro há muitos anos), e por isso são aves nervosas e que podem chegar a entrar em stress. Há relatos de indivíduos que escapam de cativeiro e formam populações selvagens.

Têm uma plumagem pedrês (cinzento escuro com bolas brancas). A cor da cara varia conforme a subespécie em questão, mas varia sempre de branco a azul-esbranquiçado, as penas do pescoço também variam conforme a subespécie sendo que algumas possuem penas negras alongadas até ao peito, outras possuem penas com o mesmo padrão do corpo.

Alguns indivíduos, principalmente os machos adultos, têm um esporão (nas pernas). Possuem bicos curtos, robustos e curvados. O tamanho dos babetes também depende da subespécies, sendo que é comum a todas ter um tom vermelho sangue.


Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)

Com cerca de três meses, já apresentam uma crista de osso, como um chifre; no macho é bicudo e maior que nas fêmeas, que em regra a possuem ligeiramente mais arredondada.
Se não tiver treinado para detectar este ligeiro dimorfismo sexual, a única forma infalível e relativamente fácil de identificar o sexo dos indivíduos é através das vocalizações. Sendo que existe uma vocalização feita apenas pelas fêmeas. Abaixo estão os exemplos (clique no play para ouvir):

Chamamento feito apenas pelas Fêmeas ('ta-qui' duas silabas, popularmente conhecido como 'tou-fraco')
Chamamento feito por Machos e por Fêmeas ('kxih' uma silaba, serve para avisar perigo, alarme)

Atenção: Alguns criadores acreditam que as fêmeas têm uma ou várias penas de voo brancas e que os machos não (outros contam a versão contrária). Mas a presença, ou não, de penas brancas, não dá quaisquer garantias quanto ao sexo das aves, apenas "mostra" que a ave é portadora de um certo tipo de genes que se manifestam inibindo a Melanina nas penas de voo primárias (para saber mais veja Variedades/Mutações).

Avicultura e utilizações em cativeiro

São aves granívoras e predadoras activas de insectos, sendo por isso muito usadas como método eficaz de controlo de insectos (desde grilos a carraças).

A sua carne é escura, parecida com carne de aves de caça, podendo-se tornar muito dura em animais mais velhos. É muito apreciada, e frequentemente comparada à carne de faisão pelos seus apreciadores.

São aves sociais e por vezes formam grupos bastante numerosos que possuem um sistema hierárquico complexo regulado por variados rituais (como por exemplo corridas de dominância e despiques de canto). No vídeo abaixo pode ser vista uma dessas corridas entre dois indivíduos.



Variedades/Mutações

Ao longo dos anos em que foram criadas em cativeiro várias mutações surgiram e foram preservadas, hoje em dia existe mais de duas dezenas de cores aceites. Visite o site da Associação Mundial das Galinhas-d'Angola para ver as mutações existentes hoje em dia.


Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Não é uma espécie nativa de Portugal, nem se encontra ameaçada de extinção no mundo, por isso não é necessário qualquer autorização ou alvará para a sua criação em cativeiro em Portugal.



Nós temos esta espécie, clique Aves disponíveis para saber se está disponível.


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Artigos relacionados:
● Como cuidar de pintos de dia
● Incubação de ovos


Incubação de ovos (chocar)

Conteudos deste artigo:
● Introdução
● Temperatura e humidade
● Viragem dos ovos (Volteio)
● Higiene

Introdução

A incubação de ovos de aves pode ser feita de duas formas diferentes:
-de forma natural, utilizar uma ave compatível com os ovos para os incubar;
-de forma artificial, utilizar uma incubadora programada para os ovos que vai incubar.

Neste artigo pretendemos explicar o que é necessário para que um ovo se desenvolva com sucesso, assim, o leitor não só fica a saber o que as aves fazem para a sua prole nascer, como fica preparado para fazer uma incubação artificial com sucesso.


São quatro as necessidades fundamentais de um ovo para que se possa desenvolver correctamente:
1-Ser mantido a uma temperatura constante durante todo o processo de incubação;
2-Estar num ambiente com a humidade correcta;
3-Ser virado frequentemente;
4-Estar num local onde exista oxigénio disponível e esteja livre de bactérias ou vírus que dificultem a sobrevivência e desenvolvimento do embrião (uma vez que o ovo “respira” através da casca).


Temperatura e humidade

Uma temperatura correcta durante a incubação é essencial para garantir que os processos metabólicos do embrião ocorrem a um ritmo correcto.
Por sua vez, a humidade correcta regula a quantidade de água perdida pelos poros do ovo (evitando situações de desidratação ou de “afogamento”)
Na seguinte tabela pode consultar qual a temperatura, período de incubação e humidade correcta para cada espécie (sendo que por vezes dentro de cada espécie pode variar também de raça para raça).



Periodo de incubação (dias)
Temperatura (ºC)
Humidade (HR%)


Durante parte do
período de incubação
Últimos 2 dias
Galinha (pode variar entre as raças)
21
37,5
40 a 50
70 a 80
Galinha d'Angola (Fraca)
28
37.5
50 a 60
80
Faisão (várias espécies)
23 a 27
37,3
45 a 55
75
Perdiz (várias espécies)
23 a 24
37,5
30 a 40
70
Codorniz (várias espécies)
16 a 23
37,3
30 a 40
70

Codorniz Japonesa
18
idem
idem
idem

Codorniz da Virgínia
23
idem
idem
idem
Pato (marreco/mudo)
28/35
37,5
86
94
Ganso (várias espécies)
28 a 32
37,3
86
94
Nandu
35 a 40
36
20 a 25
60 a 70
Ema
49 a 52
37
20 a 25
60 a 70
Avestruz
40 a 43
36,4
10 a 30
60 a 70
 
 
A subida da humidade durante os últimos 2 dias de incubação tem como função amolecer a casca/membrana de forma a facilitar a saída dos pintos.

Importante: O período de incubação referido na tabela é um valor médio, sendo que é possível haver nascimentos mais cedo ou mais tarde. Mas é importante ter em atenção se estes nascimentos extemporâneos são pontuais ou se são a maioria, porque podem estar a ser causados por algo que não a própria natureza dos ovos. O tempo de incubação é afectado directamente por vários factores como a temperatura da incubadora (se estiver abaixo da temperatura correcta os nascimentos atrasam-se, se estiver acima os pintos vão nascer antes de tempo) e a idade dos ovos (ovos velhos demoram mais tempo a desenvolver, sendo que ovos com 6 a 7 dias (contados a partir da postura) começam a ter menos vigor; até que em ovos com 1 mês de idade a fertilidade é praticamente 0%).


Viragem dos ovos (Volteio)

Os ovos têm que ser virados regularmente para permitir que o embrião tenha acesso a todos os nutrientes dispersos na clara, enquanto ao mesmo tempo se forma numa posição correcta para o nascimento.
O ideal é virar os ovos cerca de 90º (na imagem ao lado está um esquemático de um tabuleiro de poliestireno extrudido, com buracos redondos para os ovos, exemplificando como virar os ovos 90º) e devem ser virados a cada hora, como é feito nas incubadoras profissionais (uma vez que o embrião flutua dentro do ovo, é importante garantir que o ovos não se mantêm na mesmo posição durante muito tempo, porque o embrião irá estar em contacto quase directo com a membrana/casca do ovo, e pode colar, resultando em desidratação e morte). Se o volteio dos ovos for manual, e o numero de ovos reduzido, pode ser feito apenas 3 vezes por dia, mas quanto mais vezes melhor (é importante virar os ovos um numero ímpar de vezes de forma que todos os dias alterne a posição na qual os ovos ficam durante toda a noite) sem haver grande prejuízo para o sucesso de incubação (uma vez que, por exemplo, uma redução de 10% nos nascimentos em 12 ovos é apenas um ovo).
Como mostrado na imagem os ovos (de galinhas, faisões, codornizes, perdizes, etc.) devem ser colocados com a parte bicuda para baixo, de forma a que a câmara de ar presente na outra ponta esteja para cima.
Estudos no Institute de la Recherche Agronomique utilizando cerca de 2000 ovos em 18 incubadoras mostraram no entanto que os ovos de ganso são uma excepção e para obter o máximo sucesso na incubação devem ser colocados na horizontal e virados 180º.
Deve-se parar de virar os ovos 3 dias antes do nascimento dos pintos, e os ovos devem ser colocados na horizontal num tabuleiro (designado tabuleiro de nascimentos) com uma superfície aderente para evitar problemas nas pernas dos pintos (como pode ser visto nesta imagem).


Higiene

A correcta higiene, quer da incubadora, quer dos ovos, tem uma influência muito grande na percentagem de sucesso numa incubação.
Higiene dos ovos - antes de serem colocados na incubadora os ovos, que apresentem sujidade visível na casca, devem ser lavados com água morna e secos com um pano (não deixar a secar ao ar); É importante que a água esteja a uma temperatura superior à dos ovos, porque se os ovos forem lavados com água fria o seu conteúdo encolhe e as bactérias são "aspiradas" para o interior através dos poros da casca.
Higiene da incubadora - Antes de guardar a incubadora e antes de a voltar a utilizar, deve ser feita uma lavagem completa utilizando uma solução à base de creolina (água+creolina). De seguida deixar secar bem e só depois fechar para evitar formação de bolores.
(Nas operações comerciais onde são incubados milhares de ovos de cada vez, estas medidas de higiene são indispensáveis porque o decréscimo de apenas 1% nos nascimentos representa enormes prejuízo. No entanto, mesmo sabendo que estas percas são desprezáveis em incubações caseiras é altamente aconselhável seguir estas normas porque obter-se-ão mais pintos, e pintos mais saudáveis.)


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Artigos relacionados:


Criação de Codornizes em Cativeiro (Codorniz Japonesa)


Conteudos deste artigo:
● Introdução
● Gaiolas
● Alimentação
● Comedouros e bebedouros

Introdução

As Codornizes Japonesas são criadas em cativeiro há vários anos, e por isso devido à selecção artificial são muito fáceis de criar, são resistentes a doenças (apesar de não tanto como as galinhas, é aconselhável não criar codornizes e galinhas no mesmo espaço ou em proximidade) e são de grande capacidade reprodutiva.


Gaiolas

As codornizes são sempre criadas em gaiolas ou jaulas.
Se construir a sua gaiola seguindo algumas regras básicas conseguirá ter uma criação de aves com baixíssima manutenção.

-Faça o chão da sua gaiola de rede e elevado do chão, assim só em casos excepcionais vai ter que limpar a gaiola (e dependendo da quantidade de aves em cada gaiola apenas tem que recolher periodicamente o estrume que se acumula por baixo da gaiola).


-Se pretende criar codornizes para produzir ovos faça o chão da gaiola inclinado, e todos os ovos rolarão para a ponta mais baixa bastando recolhe-los duas vezes por dia.

-Coloque as suas gaiolas em locais protegidos dos elementos e livres de bactérias, fumos tóxicos e correntes de ar mas arejados. É importante também que as aves tenham acesso a luz natural, uma vez que elas necessitam de foto-estimulação para que o processo reprodutivo (produção de ovos) se desencadeie.

-Para que não haja conflitos na gaiola deve evitar colocar mais que um macho por gaiola (caso esta seja pequena), ou não colocar mais que um macho por cada 6 a 8 fêmeas presentes. É importante salientar que as variedades desta espécie disponíveis em Portugal não chocam os seus ovos, sendo necessário por isso recorrer a incubadoras.

Alimentação

A ração ideal para codornizes deve ter uma percentagem de proteína superior à ração formulada para galinhas, e é geralmente denominada de "ração para aves de caça". Para codornizes em crescimento/engorda deve procurar uma ração com proteína entre 17% e 20% , para aves em produção de ovos esse valor deve ser um pouco superior (até 23%) e deve ter uma percentagem de cálcio também superior (pode verificar estes valores nos rótulos das sacas de ração).


Comedouros e bebedouros

-Utilize comedouros e bebedouros automáticos, as vantagens são enormes, não só não tem que fornecer alimento diariamente como a higiene será maior uma vez que só está exposta a ração/água que vai ser consumida no momento. E se optar por bebedouros de copo (como o vermelho da imagem) nunca precisa de os lavar uma vez que a sua utilização faz com que se auto-lavem, e quando necessitar de reabastecer a água não precisa de ir de gaiola em gaiola, basta encher o depósito ao qual estão ligados (ou caso estejam ligados à rede nunca precisa de os abastecer, mas tem o inconveniente de deixarem de funcionar caso falta a água da rede). Os bebedouros de copo têm também a vantagem de possibilitarem que se dê medicação de uma forma controlada e eficaz, bastando colocar a medicação no depósito principal ela será distribuída para todas as gaiola que a ele estejam ligadas.





Importante: Não se esqueça que as suas aves são seres vivos por isso deve-lhe ser proporcionada uma vida confortável, livre de maus-tratos e doenças.


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Artigos relacionados:
● Como cuidar de pintos de dia
● Incubação de ovos
● Codorniz da Virginia
● Codorniz Japonesa (linhagem domesticada)


Como criar/cuidar de pintos e patos de dia

Aves nidífugas (em cima),
nidículas (em baixo)

Conteudos deste artigo:
● Introdução
● Antes de ter os animais
● Quando os animais são recebidos (Alimentação)
● Durante o crescimento

Introdução

 Os pintos de aves da ordem taxonómica dos Galliformes (galinhas, faisões, perdizes, codornizes, fracas, grouses, etc.) e a maioria das aves aquáticas (patos, gansos, etc.) são designados por nidífugos porque abandonam o ninho à nascença, ao contrário dos nidículas que permanecem nos ninhos e dependem completamente dos pais (como é o caso dos canários por exemplo).

As aves nidífugas abandonam o ninho cerca de 1 hora depois do nascimento do último pinto da ninhada, que é quando já conseguem acompanhar o andamento dos pais. À nascença já conseguem alimentar-se sozinhas e algumas espécies conseguem voar 2 a 3 dias depois de nascer (como é o caso das espécies de Faisões Tragopans).
Apenas uma coisa faz com que estas pequenas aves ainda sejam dependentes dos progenitores, a regulação da temperatura corporal. Assim, se lhe proporcionarmos uma fonte de calor podemos cria-los sem dificuldade.

Depois desta pequena introdução, explicamos o que tem que fazer para criar com sucesso pintos de dia em sua casa.


Antes de ter os animais

-Escolher um local  (celeiro, estábulo ou garagem por exemplo) onde as aves estejam protegidas de predadores, dos elementos (é importante que não existam correntes de ar) e onde não estejam expostas a químicos ou gases tóxicos.

-Preparar o criadouro: a sua dimensão depende da quantidade de aves que vai albergar, e pode ser desde uma caixa de papelão até um pavilhão inteiro (caso industrial). O criadouro deve ter disponível comida, água e uma fonte de calor (lâmpada incandescente, lâmpada cerâmica/infra-vermelhos, aquecedor eléctrico ou a gás, etc.). A fonte de calor deve ser colocada numa das pontas de forma a que a aves se coloquem à distância que se sentirem confortáveis, conforme precisem de mais ou menos calor (caso a fonte de calor seja colocada de forma a atingir toda a extensão do criadouro as aves podem morrem por exaustão uma vez que não se conseguem afastar do calor). Desde que as aves sejam saudáveis, elas irão procurar suprir as suas necessidades e não necessitam de cuidados alguns. É importante que o chão do criadouro esteja coberto por um material absorvente, e que seja mudado sempre que se acumule demasiada matéria fecal de forma a evitar mortes por salmonelas.
Na imagem ao lado pode-se ver um criadouro muito tosco, mas funcional e simples de fazer.

Importante:Especialmente nos primeiros dias o recipiente da água deve ser muito raso para evitar afogamentos. Quando as aves já se movimentarem melhor pode-se utilizar um recipiente mais fundo.


Quando os animais são recebidos (Alimentação)

-Quando receber os animais coloque-os um a um no criadouro, molhando o bico de todos no recipiente da água, assim eles saberão que é ali que se têm que dirigir para beber.

-Quanto à comida, eles irão explorar todo o espaço do criadouro e num curto espaço de tempo vão descobrir onde está. A ração de iniciação deve ser farinha e ter uma percentagem de proteína mais elevada do que a ração de adulto (no caso de pintos de galinha cerca de 17% proteína, no caso de perus, faisões, codornizes, perdizes deve ter entre 18 a 20% de proteína). Hoje em dia é fácil encontrar rações no mercado português para todas as fazes de crescimento.


Durante o crescimento

-Deve ser sempre mantida ao dispor das aves comida e água fresca.

-As aves crescem extremamente rápido, e é importante manter o fornecimento de calor até os animais estarem completamente emplumados, o que para codornizes e perdizes demora cerca de 3 semanas, e para galinhas, perus, etc. de 4 a 5 semanas, a partir desse momento os animais já podem ser colocados na rua (caso seja uma altura do ano em que está muito frio no exterior os animais devem ficar abrigados durante mais algum tempo) e o fornecimento de calor pode ser reduzido gradualmente até estes estarem perto da maturidade. No caso de aves aquáticas de maior porte (gansos, cisnes, etc.) que nascem com uma penugem mais espessa ou no caso de ratites (avestruzes, emas, etc.) devido ao seu tamanho, caso não seja uma altura do ano fria, podem ir para a rua logo desde o 3º dia de vida (quando já têm mais agilidade).

O facto destes animais serem muito independentes faz com que seja muito fácil tratar deles e um regalo vê-los crescer.


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Artigos relacionados:
● Incubação de ovos
● Codorniz da Virginia
● Codorniz Japonesa (linhagem domesticada)
● Criação de Codornizes em Cativeiro (Codorniz Japonesa)
● Fraca (Galinha-d'angola)


Cedro (Cipreste Italiano - Cupressus sempervirens)

Conteudos deste artigo:
● Apresentação e descrição
● Variedades
● Sementes e Germinação
● Doenças

Apresentação e descrição

O Cipreste-italiano (Cupressus sempervirens), (também conhecido como cedro-bastardo, cipreste-comum, cipreste-de-itália, cipreste-do-mediterrâneo, cipreste-mediterrânico e cipreste-piramidal) é uma árvore nativa do Sul da Europa e do Sudoeste da Ásia.

Esta espécie tem folha persistente, a altura dos espécimes mais altos ronda os 47m de altura, e tem uma grande longevidade com algumas árvores a passarem os 1000 anos de idade.

Estas árvores são muito utilizadas em decoração ou para criar separadores naturais, no entanto a sua madeira é muito aromática e valiosa, e pode ser utilizada para fabricar mobiliário.


Variedades

Existem duas variedades, que são:



Cupressus sempervirens horizontalis - Crescimento quase horizontal dos ramos, o que resulta numa árvore com um aspecto mais largo.


Cupressus sempervirens pyramidalis - Planta com  crescimento vertical dos ramos o que produz uma árvore com uma copa fastigiada. Esta variedade também é conhecida como cedro dos cemitérios. 


Sementes e Germinação

As sementes são de grande fertilidade e germinam facilmente.
Para acelerar o processo de germinação coloque as sementes de molho em água durante 1 a 2 horas (são sementes muito leves a maioria flutua).
Depois, aconselhamos a sua germinação em ambiente controlado, ou seja em couvetes de árvore ou vasos, em vez de directamente na terra. Deve ser usado composto de germinação (pobre em fertilizante) de forma a evitar que as primeiras folhas se queimem.
Assim que os cedros atinjam 10 centímetros devem ser tirados das couvetes e colocados na terra.

Nós vendemos sementes desta espécie, maioritariamente da variedade horizontalis, mas é possível que existam algumas da variedade pyramidalis misturadas. Clique em Contactos para encomendar ou em Produtos/Serviços para saber mais.


Doenças

É moderadamente susceptível a cancro cortical causado pelo fungo Seiridium cardinale, e não é aconselhada a sua utilização em zonas onde este fungo seja comum.



Como evitar que o seu email seja alvo de Spam (caso ele esteja publicado na internet)

Concerteza já viu emails com espaços ou com @ escrito por extenso (arroba), etc.?

Isso é feito para evitar que o esse email seja achado por software malicioso (Web crawler) que procura emails na internet para enviar publicidade não desejada (spam).



O formato normal de um email é:
nome@dominio.dom
domínio (hotmail, gmail, sapo, etc.)
dom - domínio de alto nivel (com, pt, etc.)

Sabendo que esta estrutura é comum a todos os emails, pessoas com más intenções fazem software (programas) que procuram emails em sites,blogs,etc. para os utilizar para enviar publicidade não solicitada (spam).
Mas existem alguns truques muito simples para evitar que o seu email seja apanhado neste tipo de armadilhas.

O que fazer:
1 - Pode colocar espaços entre partes do seu email, e explicar abaixo que esses espaços tem que ser retirados, assim só as pessoas irão saber o seu email correcto, porque o software não têm "inteligência" para interpretar a parte que explica para retirar os espaços.
Exemplo: nome @ dominio . dom (Antes de enviar retire os espaços a mais no email)

2 - Pode colocar o símbolo @ por extenso (arroba) e mais uma vez explicar que tem que ser substituída a palavra pelo símbolo.
Exemplo: nome(arroba)dominio.dom (Antes de enviar substitua (arroba) por @)

Codorniz da Virginia

Conteudos deste artigo:
● Apresentação e descrição da espécie
● Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)
● Avicultura e utilizações em cativeiro
● Variedades/Mutações
● Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Apresentação e descrição da espécie

A Codorniz da Virginia (Colinus virginianus) é uma ave nativa dos Estados Unidos da América, México e Caribes.

Existem 22 subespécies de codorniz da Virginia, e uma delas, a Colinus virginianus ridgwayi, é considerada ameaçada de extinção e por isso protegida (anexo I da CITES) e proibida a sua transacção para detenção/criação em cativeiro em todos os países signatários do acordo CITES.


Fêmea (à esquerda) e macho (à direita)
Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)

É uma espécie com dimorfismo sexual, tendo os macho uma vistosa cabeça riscada de branco ao contrário das fêmeas que possuem por todo corpo camuflagem adaptada ao meio onde vivem.

Avicultura e utilizações em cativeiro

Em Portugal, a sua criação em cativeiro é feita principalmente como ave ornamental.
A sua alimentação é igual as outras aves de caça comuns na Europa, como a perdiz-vermelha e a codorniz-comum, mas ao contrario da maioria das espécies de aves de caça, os seus ovos são de cor branca, completamente desprovidos de camuflagem.


É uma espécie ainda em fase inicial de domesticação e por isso é muito fácil um par incubar e criar a sua prole em cativeiro se as condições forem propícias (mas é necessário precaução porque um aviário pequeno pode levar a que os pais matem as crias logo após o nascimento). Esta espécie obtém a plumagem de adulto entre as 13 e as 16 semanas e caso as condições sejam favoráveis (entre outros factores pelo menos 14 horas de luz diária) as fêmeas começam a postura a partir das 21 semanas.


Variedades/Mutações

Existem várias mutações criadas em cativeiro, sendo a Mexicana, a Branca e a Tennesse as mais comuns (e já possível adquirir aves com essa genética em Portugal).


Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Uma vez que não são aves nativas de Portugal, nem consideradas cinegéticas no nosso país, não é necessário alvará/autorização para a sua criação em cativeiro.


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Artigos relacionados:
● Como cuidar de pintos de dia
● Incubação de ovos
● Codorniz Japonesa (linhagem domesticada)
● Criação de Codornizes em Cativeiro (Codorniz Japonesa)


Codorniz Japonesa (linhagem domesticada)

Codorniz no seu meio natural

Conteudos deste artigo:
● Apresentação e descrição da espécie
● Avicultura e utilizações em cativeiro
● Variedades/Mutações
● Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)
● Espécies semelhantes (como distinguir)
● Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Apresentação e descrição da espécie

A Codorniz Japonesa também chamada Codorniz Japonica devido à sua classificação taxonómica (Coturnix Japonica) é uma espécie originaria da Ásia Oriental que começou a ser criada em cativeiro pelos Japoneses que gostavam de ouvir o seu canto. Hoje em dia é considerada uma ave domesticada, e é criada para abate e produção de ovos.


Avicultura e utilizações em cativeiro

Ovos de codorniz
O facto de ser uma ave com origens selvagens não muito longínquas faz com que tenha uma eficácia de conversão de alimento em ovo muito superior às galinhas (essa eficácia é uma vantagem durante a época de reprodução no ambiente selvagem), por outro lado a sua eficácia de conversão de comida em carne é inferior às galinhas consequência das codornizes serem aves muito pequenas e leves. Mas a sua carne é de alta qualidade nutricional, rica em ferro e muito apreciada pelos seus conhecedores.
Mais informações de avicultura em Criação de Codorniz em Cativeiro.

Variedades/Mutações

Plumagem Selvagem (em cima),  plumagem Branca (ao meio),
plumagem Italiana (em baixo)
A sua criação em cativeiro levou a que fossem preservadas variadas mutações, e por isso existem diferentes cores de plumagem e tamanho entre a população criada em cativeiro.

Alguns exemplos são a plumagem Italiana (dourada), a pelagem branca (também chamada de Texas A&M), a Rosetta (raiados de cinzentos/pretos) a Malhada (com zonas completamente brancas e zonas com pelagem diversa na mesma ave), etc.

Nos tamanhos, para além do normal existe o chamado Jumbo que é suposto ser maior (mas é preciso ter atenção porque existem vendedores que chamam Jumbo às suas aves como truque de marketing, mesmo não tendo elas nenhuma diferença em termos de tamanho).


Macho (esquerda) e fêmea (direita)
Diferenciação entre macho e fêmea (sexagem)

Algumas mutações tornam difícil a diferenciação entre machos e fêmeas (como no caso da mutação branca), mas na maioria é muito fácil. Os machos possuem um peito amarelo torrado, as fêmeas possuem um amarelo mais pálido salpicado com pintas.


Espécies semelhantes (como distinguir)

A Codorniz Japonesa, apesar de ser da mesma família, não se trata da espécie cinegética migratória que visita Portugal a Codorniz-comum (Coturnix Coturnix).
A diferenciação visual entre estas as duas espécies é muito difícil, mas as vocalizações são muito diferentes e isso permite uma fácil identificação (nos vídeo ao lado podem-se ouvir as diferenças: à esquerda um macho de codorniz japonesa; à direita um macho de codorniz-comum brava a espécie cinegética migratória que visita Portugal).




Legislação relativa a esta espécie em Portugal

Uma vez que esta espécie não está inscrita em nenhum acordo internacional de protecção de espécies assinado por Portugal e que limite a sua posse (p. ex. CITES), não é autóctone em Portugal, nem considerada espécie introduzida com protecção em estado selvagem devido a interesse cinegético, não é necessário qualquer alvará/autorização para ser criada em cativeiro. No entanto é proibida/ilegal a sua utilização para repovoamentos ou em qualquer outra actividade cinegética uma vez que estas aves reproduzem-se com as codornizes bravas autóctones gerando híbridos férteis degradando irremediavelmente o património genético da Codorniz-brava (Coturnix Coturnix). (Informações compiladas à data da publicação do artigo)

Nós temos esta espécie, clique em Aves disponíveis para saber se está disponível.



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